Foi notícia no Brasil em todos os sites de economia, a educadora financeira e criadora do canal Papo de Bolsa, Beatriz Aguillar, a mesma destaca que o limite de juros no rotativo do cartão de crédito pode representar um risco para quem não tem controle sobre as finanças pessoais. A medida, que impede que os juros ultrapassem 100% do valor original da dívida, pode ser interpretada como estímulo à criação de débitos, já que os valores limitados podem levar as pessoas a negligenciarem suas dívidas.
Beatriz alerta que, apesar de a medida ser positiva em um primeiro momento, pode resultar em uma oferta de crédito mais cautelosa por parte dos bancos. Ela ressalta que a concessão de cartões de crédito com limites muito altos, muitas vezes desproporcionais à renda do solicitante, provavelmente será reavaliada pelos bancos.
A especialista também adverte sobre as possíveis consequências dessa limitação, incluindo uma oferta de crédito mais restrita e a menor concessão de descontos por parte das instituições. Beatriz enfatiza que, mesmo com a limitação, juros de 100% ainda são elevados, sugerindo a busca por alternativas de crédito com taxas mais baixas, como o crédito consignado ou empréstimo pessoal.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) expressou preocupações sobre a medida, afirmando que pode estimular a inadimplência ao limitar o crescimento da dívida. Por outro lado, entidades de varejo e serviços apoiam a limitação dos encargos financeiros, defendendo o parcelamento sem juros como uma forma de inclusão das camadas mais pobres da população no mercado de consumo.
Especialistas acreditam que o teto de juros no rotativo pode trazer benefícios imediatos para a solvência das dívidas, mas também alertam para possíveis restrições de crédito no longo prazo, com uma menor oferta de crédito e um prêmio de risco reduzido. A implementação da medida será monitorada de perto para avaliar seus impactos e, se necessário, propor aprimoramentos.